outubro.2024

Panorama recente da mortalidade infantil

Taxas de mortalidade Infantil, segundo o sexo

Estado de São Paulo – 2000-2010-2023, por 1.000 nascidos vivos

A taxa de mortalidade infantil no Estado de São Paulo apresentou redução significativa (34%) entre 2000 e 2023, alcançando 11,2 óbitos por mil nascidos vivos no último ano. Tal decréscimo foi mais acentuado na primeira década do período analisado (2000 a 2010), com queda de 30,1%, ao passo que no segundo período (2010 a 2023) a retração foi de 5,6%. Esse padrão de declínio foi observado para ambos os sexos, embora a mortalidade dos meninos tenha se mantido continuamente mais elevada do que a das meninas.

Taxas de mortalidade infantil, por idade, segundo sexo

Estado de São Paulo, 2023, por 1.000 nascidos vivos

As taxas de mortalidade infantil apresentam diferenças expressivas segundo sexo e idade. O grupo de 0 a 6 dias apresentou a maior diferença entre os sexos, com a taxa das meninas 19,4% menor do que a dos meninos. No grupo de 28 a 364 dias, foi 7,4% menor para as meninas, enquanto no de 7 a 27 dias as taxas foram praticamente iguais. A maior mortalidade infantil masculina está associada a uma combinação de fatores, como vulnerabilidade biológica, complicações neonatais, fatores ambientais, entre outros.

Taxas de mortalidade infantil, por idade, segundo peso ao nascer

Estado de São Paulo, 2023, por 1.000 nascidos vivos

O baixo peso ao nascer está fortemente associado à mortalidade infantil. Crianças nascidas com extremo baixo peso (menos de 1.000g) apresentam o maior risco de morte em todas as idades, especialmente entre 0 e 6 dias, ultrapassando 400 óbitos por mil nascidos vivos.
Em contrapartida, as taxas de mortalidade são bem menores entre os bebês com peso acima de 2.500g. Os principais fatores relacionados ao baixo peso incluem prematuridade, restrição do crescimento intrauterino, saúde materna e condições socioeconômicas.

Taxas de mortalidade infantil, por causas de morte

Estado de São Paulo, 2000-2023, por 1.000 nascidos vivos

Em 2023, 91% das mortes infantis foram causadas por afecções originadas no período perinatal, malformações congênitas, doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho respiratório e causas externas, sendo que as perinatais concentraram mais de 55% das mortes. Todas essas causas de morte registraram reduções expressivas nos níveis de mortalidade em relação a 2000, destacando-se as doenças respiratórias, com queda de 71%, infecciosas e parasitárias (-64%) e afecções perinatais (-54%).

Taxas de mortalidade infantil

Regiões Administrativas do Estado de São Paulo, 2000-2023, por 1.000 nascidos vivo

O decréscimo ocorrido na mortalidade infantil, entre 2000 e 2023, resultou em maior homogeneidade regional, em razão da menor dispersão entre as taxas de mortalidade. Essa tendência fica evidente quando se observa o intervalo de variação dessas taxas entre as regiões administrativas: em 2000 elas variavam entre 12,6 óbitos infantis por mil nascidos vivos, na RA de São José do Rio Preto, e 25,9 na RA de Itapeva, enquanto em 2023 o intervalo foi de 9,5 por mil na RA de Campinas e 15,3 na RA de Registro. As regiões que apresentavam as maiores taxas em 2000 foram, em geral, as que registraram as maiores reduções, como Itapeva (-57%), Baixada Santista (-44%), Franca (-43%), Bauru e Presidente Prudente (-39%) e Barretos (-38%). Em contraste, as menores reduções ocorreram em regiões que já mostravam níveis mais baixos: Ribeirão Preto (-11,4%), Central (-11,6%), Marília (-20,4%) e São José do Rio Preto (-20,7%). Atualmente, seis regiões detêm taxas inferiores à média estadual, com destaque para Campinas, a única com menos de 10 óbitos infantis por mil nascidos vivos.

Fonte: Fundação Seade. Seade Mortalidade.
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