Evolução da esperança de vida ao nascer, 2010-2020, em anos
A esperança de vida ao nascer no Estado de São Paulo, em 2020, foi estimada pela Fundação Seade em 75,4 anos, o que representa decréscimo de um ano de vida em relação ao indicador de 2019, que havia atingido 76,4 anos. O rápido aumento dos níveis de mortalidade, com a expansão da pandemia da Covid-19 em todo o território paulista, afetou diretamente os padrões demográficos de longevidade conquistados, resultando em retrocesso ao patamar de vida média observado sete anos atrás, entre 2012 e 2013.
Esperança de vida ao nascer por sexo, 2019-2020, em anos
A retração da esperança de vida atingiu de forma diferenciada as populações feminina e masculina. Entre as mulheres, a vida média caiu de 79,4 para 78,7 anos, com perda de 0,7 ano em 2020. Já entre os homens passou de 73,3 para 72,0 anos, uma redução de 1,3 ano. O fato de a vida média masculina ter caído mais intensamente que a feminina elevou a diferença de longevidade entre os sexos, que passou de 6,1 anos em 2019, para 6,7 em 2020. Vale lembrar que essa diferença decrescia desde 2000, quando era de 9 anos.
Esperança de vida aos 60 anos, por sexo, 2019-2020, em anos
A população idosa sofreu redução de 0,8 ano na esperança de vida aos 60 anos, passando de 21,6 para 20,8 anos. Isso aconteceu de forma diferenciada entre os sexos: a população feminina diminuiu sua expectativa de vida em 0,6 (de 23,3 para 22,7 anos), enquanto na população masculina a queda foi de 1 ano (de 19,6 para 18,6 anos). Essas perdas desiguais resultaram em maior distância entre os sexos na longevidade dos idosos, que passou de 3,7 anos em 2019, para 4,1 anos em 2020.
Taxas de mortalidade por faixa etária, 2019-2020, por mil habitantes
As taxas de mortalidade em 2020 se elevaram nas idades acima de 15 anos. Até 14 anos, houve redução de 20%. Já entre 15 e 29 anos, o acréscimo foi de 11% e nas demais faixas etárias em torno de 15%. O aumento nas taxas entre 30 e 59 anos foi próximo ao dos idosos, mas o número de óbitos por mil habitantes é bem distinto. No primeiro, as taxas passaram de 3,4 para 3,9 óbitos por mil, enquanto nas idades de 60 a 69 anos foram de 15,0 para 17,2 por mil, e entre 70 e 79 anos de 33,2 para 38,0 por mil.
Fonte: Fundação Seade. Sistema de Estatísticas do Registro Civil.
Nota: Para as estimativas da esperança de vida foram considerados os óbitos ocorridos em 2020, atualizados com as informações enviadas pelos Cartórios de Registro Civil até 22 de março de 2021.
